Manter os negócios sem uma gestão planejada e bem estruturada é como dar um tiro no escuro. Você pode até acertar o alvo por uma questão de sorte, mas a probabilidade de isso acontecer é muito pequena. Sem orientação, é mais fácil atirar no próprio pé. Lugar de sorte é na loteria, o mercado está cada vez mais competitivo e quem lida com incertezas pode ficar fora dele rapidamente.
No varejo de móveis o cuidado com a gestão especializada é ainda mais importante. “Enquanto outros varejistas devem se preocupar com compra e venda, o lojista na área moveleira tem que controlar uma cadeia crítica, que envolve compra, estoque, venda, entrega, montagem e assistência. Ou seja, o processo não encerra na hora da venda, portanto essas diferenças devem ser bem exploradas na gestão do negócio”, afirma Marcos Nannetti, diretor da Nérus, de Belo Horizonte (MG), empresa especializada em software integrado de gestão de varejo.
Muitos negócios no Brasil começam com uma gestão familiar, utilizando ferramentas manuais para o controle de dados, mas quando o empreendimento avança vem a dor do crescimento. A partir do momento em que o lojista já não consegue cuidar diretamente das áreas mais importantes do seu negócio é necessário buscar ajuda e, neste caso, a tecnologia pode ser a melhor amiga. “O software é muito importante e automatiza várias etapas, mas não é mágica, não faz nada propriamente sozinho. É preciso ter em mente que a gestão envolve pessoas, processos e sistemas”, alerta Nannetti, afirmando que por isso é fundamental escolher um software especializado na área e que dê o suporte necessário.
Segundo o gerente comercial da Promob Software Solutions, de Caxias do Sul (RS), Charles Mietch, os softwares de gestão interferem diretamente nos custos das lojas, reduzindo gastos e aumentando a competitividade, algo ainda mais essencial em tempos de crise. “Todo o processo da gestão é importante, mas um software especialista na gestão da loja possibilita organizar e gerenciar todos os processos, garantindo qualidade e segurança nas informações. Com ele é possível efetuar a gestão comercial, financeira, fiscal, do atendimento e do pós-venda”, considera Mietch.
Para que a empresa se mantenha competitiva no mercado é vital utilizar um software de gestão específico de lojas, pois eles controlam e organizam os dados seguindo a lógica do próprio negócio, permitindo que as decisões sejam tomadas de forma mais assertiva para melhorar os resultados. Apesar dessa necessidade ficar cada vez mais clara, como em qualquer mercado, alguns lojistas ainda têm resistência em aderir a novas soluções e insistem em “pagar para ver”, mas o risco da empresa se perder pelo caminho neste caso é alto.
Para diminuir o receio e dar mais segurança aos seus clientes, tanto a Promob quanto a Nérus possuem uma equipe de consultores especialistas em gestão de lojas para auxiliar na implantação de seus sistemas, que pode ser realizada de forma presencial ou remota.
Mais que soluções, parceria
A Criare, loja de móveis panejados em Bento Gonçalves (RS), começou a utilizar o software de gestão da Promob em abril e já sentiu grandes diferenças. “Migramos de sistema porque queríamos um conjunto completo, antes tínhamos um programa para cada área da empresa, que não conversavam entre si e não permitiam uma visão ampla do negócio”, comenta o diretor da Criare, Diego Predebon, enfatizando que agora possui um termômetro continuo de como estão os resultados da empresa. “Quando estávamos procurando um novo software a Promob se destacou pela parceria que oferece. Ela mesmo fez a capacitação dos nossos funcionários, mas o mais importante foi entender as necessidades da minha empresa e mostrar as ferramentas corretas para alcançar nosso objetivo”, declara.
Para Predebon a maior vantagem é que agora ele pode se dedicar mais às vendas, pois o sistema integrado entre loja e fábrica agiliza o controle de todas as áreas. “Com o sistema é possível visualizar em tempo real o desempenho dos vendedores e estágios de cada negociação, o que também permite ter um monitoramento mais próximo e automatizado do cliente”, comenta, acrescentando que um dos principais ganhos que o sistema trouxe foi o controle dos prazos para que não ocorram atrasos na entrega de projetos. “Acompanhando a empresa pelo sistema fica mais fácil perceber quando aumenta a demanda e entender que é necessário realizar ajustes na produção para dar conta de todos os pedidos”, exemplifica.
A Lojas Móbile, um grupo associativista que atua no varejo de móveis em Belo Horizonte e região, começou a utilizar o software da Nérus em 2015, quando unificou seu Centro de Distribuição. Neste caso, o poder de integração também falou mais alto para a escolha do novo sistema. “Antes o grupo utilizava um software que oferecia módulos individuais e alguns dos nossos lojistas ainda usavam sistemas diferentes. Com a integração do CD toda a logística passou a ser responsabilidade do grupo e, por isso, buscamos um software que pudesse controlar todas as áreas de forma simultânea e integrada. Com isso, hoje a única preocupação do lojista é vender, tomamos conta de todo o processo para que ele possa focar na relação comercial com o cliente e melhorar o atendimento e os resultados”, afirma o gerente geral da Lojas Móbile, Adalberto Cabral.
Mesmo acreditando na importância do feeling, Cabral considera que ele já não é mais determinante nos negócios, pois a gestão baseada no empirismo (quando o conhecimento provém unicamente da experiência) está ficando para trás. “Antes do software da Nérus a informação que tínhamos não era abrangente e, como afirma a professora Marta Valentim, a informação é insumo para qualquer fazer. Hoje os dados do sistema são indicadores muito claros que permitem, por exemplo, analisar o ciclo de vida do produto. Com o registro do desempenho em vendas e da necessidade de assistência de cada categoria, nenhum produto é comprado no escuro”, analisa o gerente geral da Lojas Móbile.
Por onde começar?
O principal objetivo de qualquer empreendimento é cada vez mais aumentar o faturamento e gerar resultados positivos, e para isso é preciso entender o público-alvo. De acordo com Nannetti, o varejo de móveis tem uma grande vantagem em relação aos demais: geralmente possui todos os dados na base do cliente. “Cerca de dois ou e três anos atrás você ia na farmácia e fazia sua compra sem que nenhum atendente pedisse informações sobre você. Hoje é muito comum solicitarem o CPF e tentarem fazer um cadastro, mas nas lojas de móveis a coleta de dados ocorre desde os anos 1980”, compara o diretor da Nérus, acrescentando que o problema é não saber como organizar e utilizar essas informações. “Com o software apropriado você consegue gerenciar todos os dados e descobre como explorar melhor o potencial dos clientes”, sugere.
O primeiro passo para implantar um sistema de gestão, no entanto, é analisar qual é o ponto mais crítico do seu negócio. Ou seja, é preciso identificar o que mais está prejudicando os resultados, o que apresenta maior dificuldade em controlar e que deve resolver prioritariamente. “Apenas desenhando o caminho operacional crítico da empresa é possível selecionar o melhor software para ela. Existem milhares de opções no mercado, mas se não for especializado no negócio não será útil. Se o lojista tenta utilizar um programa para o varejo em geral, um dos problemas que ele certamente terá está ligado ao controle do estoque. Como os móveis chegam em partes, um único produto pode ter cinco códigos no estoque, mas na loja terá apenas um. Se o software não entende isso, não serve”, explica Nannetti.
Muitas vezes um empresário pode desacreditar das novas soluções por não fazer a escolha correta para as suas necessidades. Isso pode ocorrer quando ele não sabe exatamente o que precisa mudar. Nanneti afirma que os erros são melhor identificados na confusão. “Gosto muito de fazer visitas para avaliar o desempenho das redes nos sábados, quando as lojas ficam lotadas e você começa a ver que as ilhas para lançar os pedidos não são suficientes, que os clientes ficam muito tempo em espera, que as reclamações feitas direto no balcão contaminam a visão dos outros clientes… Então fica mais claro que, neste caso, é preciso começar gerenciando o processo da venda, fazer um SAC e daí por diante”, detalha.
Mietch, da Promob, reforça que não é preciso começar com todas as ferramentas disponíveis, pois é possível agregar funcionalidades de forma gradual e de acordo com as necessidades de cada negócio. “O lojista pode iniciar a administração com módulos básicos, como a gestão da carteira de clientes, e chegar à gestão completa da loja, com sua complexidade e personalização”, considera.
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Texto por: Jeniffer Oliveira - Móveis de Valor
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