Você odeia pesar os legumes antes de passar no caixa? Acha impensável não usar cartão bancário e dificilmente usa dinheiro em espécie? Se a resposta é sim, certamente pode se considerar antenado quando o assunto é ir às compras.
E muitas novidades nessa área virão por aí. Elas vão afetar a vida de todos, estejam ou não ligados nas novas tecnologias e ao futuro do varejo. Gostem ou não de mudanças.
As tendências do varejo mundial incluem algo tão irreversível quanto a substituição das caixas registradoras pelos caixas computadorizados.
Neste post, vamos trazer alguns exemplos de inovações tecnológicas e soluções para varejo. Fique atento. Porque o mundo das grandes inovações tecnológicas dos avanços no varejo chegou para ficar!
Veja também: O novo consumidor e seu impacto na transformação digital do varejo
As relações da tecnologia com o varejo estão mudando o modo de ser do consumidor. E não se trata de comprar pela internet, e sim de usufruir o melhor que a modernidade pode oferecer.
A primeira pergunta do artigo se justifica, porque pesar direto no caixa tem duas vantagens:
A tecnologia tem se mostrado uma via de mão dupla, beneficiando os dois lados da cadeia do consumo. As novidades são muitas, e incluem até o prosaico escolher um cardápio antecipado pela internet.
Quando você chegar ao restaurante, seu pedido estará feito e debitado na sua conta, basta degustar.
Parece incrível? Pois não é.
Imagine que há 20 ou 30 anos lojas com escadas rolantes eram o máximo de conforto. Quando um grande magazine trazia a novidade, muita gente ia só para conhecer a tal escada, subir, descer, desfrutar.
Hoje, nem as esteiras são uma novidade. Não apenas transportam bagagens ou mercadorias. Elas ajudam o consumidor a não gastar energia andando demais.
As principais mudanças com o auxílio da tecnologia estão sendo feitas nos grandes magazines. O smartphone como controle remoto já é uma realidade, oferecendo facilidades e novas oportunidades aos consumidores. Eles estão no controle e não mais dependendo de caixas, por exemplo, na hora de pagar sua compra do supermercado: é o “self checkout”.
A necessidade também de criar incentivos para o deslocamento às lojas (afinal, com tudo virtual, por que as pessoas tendem a sair de casa?) estimula a criatividade e melhora os conceitos.
Os shoppings são mais do que locais de convivência. São uma extensão de sua casa ou, em último caso, da casa que você gostaria de ter.
Por teatralização, entenda-se novidades no ponto de venda, no cenário, funcionários agindo como atores e ambientes diferenciados.
Nesse item entram até aromas específicos. Como os de churrasco para restaurantes, aroma da brisa do mar para peixarias (e até roupas de praia).
E se você vai entrar, escolher, comprar e pagar sozinho, vai usar tablets para se localizar dentro de um shopping, para saber onde quer ir e como ir.
O que vai atrair, então, a sua atenção? A mídia indoor.
Telas grandes em ambientes abertos ou pequenas telas nos caixas e corredores. E até sons diferenciados em cada ambiente, deixando tudo mais intimista.
Haja aparelhos e novas tecnologias!
A cada três anos há em Dusseldorf, na Alemanha, uma grande feira sobre vendas no varejo.
A Euroshop 2014 aconteceu em fevereiro - com 16 pavilhões e 2.200 expositores de 57 países. Nela são apresentadas as mais novas tendências do varejo mundial para melhorar a relação com o cliente e melhorar a vida do consumidor em primeira instância. Bauruenses do setor estiveram lá.
Os arquitetos Claudio Ricci e Luis Higa, da Ricci & Higa Arquitetura, trabalham na área desde 1989 e vão a cada edição da feira. Fazem isso por atenderem vários clientes do setor, lojistas, supermercadistas, redes de restaurantes e postos de serviços e lojas de conveniência.
Falando com otimismo e entusiasmo do que viu, Claudio Ricci cita alguns dos pontos principais:
“Não apenas na Euroshop 2014, porque tivemos a oportunidade de explorar também lojas de departamentos e hipermercados da Alemanha e Inglaterra, e posso dizer que duas novidades já são uma realidade: o self-service total na hora do pagamento como fruto do uso da tecnologia do smartphone e a preocupação com ecologia e sustentabilidade. Muitos estabelecimentos estão pondo em prática imediatamente as novidades de agora e de dois/três anos atrás”.
Temos também exemplos de tendências do varejo no Brasil.
Em Bauru, como convém aos tempos modernos, os gerentes de dois shoppings da cidade já são conhecedores da inovação no varejo brasileiro.
Ivan Mouta, gerente do mais antigo da região, o Bauru Shopping, lembra que os shoppings, como:
“Maiores concentradores de lojas físicas, são cada vez mais centros de convivência. É onde as pessoas se encontram e buscam lazer com seus amigos e familiares. Por mais que a sociedade mude com o tempo, o ser humano nunca deixará de ser um ser social, que sempre precisará interagir com seus semelhantes”
Ele argumenta.
Ivan ainda lembra:
“O que já é uma realidade e tende a se intensificar cada vez mais são as exigências dos consumidores. Por conta da avalanche de informações que estão disponíveis, o consumidor já chega à loja sabendo tudo sobre o produto, suas características, seus pontos fortes e fracos, os melhores preços e a opinião de quem já comprou. Cabe ao varejista ter uma equipe de vendas capacitada para interagir com este consumidor e fazer do ponto de venda um espaço que agregue novas experiências a seus clientes, como entretenimento e interatividade”.
Confira: Como a Transformação Digital está revolucionando o varejo
Para ele:
“A tecnologia sempre será uma forte aliada do comercio tradicional e deve ser sempre utilizada como uma importante ferramenta do varejista. Conforto, comodidade, segurança, bons preços, simpatia e agilidade no atendimento são fundamentais no ponto de venda. Isto não pode faltar nunca.”
Telhados com gramados como forma de deixar o ambiente mais fresco. Luz natural. Reciclagem obrigatória.
O consumidor leva seus pacotes de descartáveis, coloca em máquinas e recebe em troca tickets de descontos que irá usar em suas compras.
A sustentabilidade está no uso da luz solar, mais vidro, acrílico e sistemas de reaproveitamento de água.
As prateleiras e corredores estão todos adaptados para os portadores de necessidades especiais.
A tecnologia do LED é de baixa manutenção, tem longa vida útil, custos de manutenção reduzidos.
A lâmpada é mais resistente a impactos e não possui mercúrio ou metal pesado que prejudique o meio ambiente.
Nas lojas, a iluminação ganha status. Será possível num futuro bem próximo escolher sua vestimenta e maquiagem e ter dentro do provador uma luz semelhante à do local onde será usada.
Para um evento no campo, por exemplo, o ambiente natural pode perfeitamente ser recriado com a iluminação. E a madrinha terá ideia do impacto das peças e tons que escolheu. E há sensores que mudam a cor da roupa. Interessante, não?
Corredores mais largos e mais claros. Ambientes mais clean e menos poluição visual. Na decoração, materiais que imitam com perfeição madeira e natureza.
Essas mais algumas das tendências do varejo mundial.
Segmentação cada vez maior. Pequenas lojas dentro de grandes lojas. Tudo mais aconchegante como se fosse uma extensão de casa.
Praça de alimentação em todos os locais, dentro de cada magazine, com cafeterias, padarias, livrarias, locais onde as pessoas possam conviver.
Ênfase em histórias e procedências dos produtos será algo muito importante, como acontece com consumidores de vinho.
E mais: você vai poder escolher numa máquina ou totem o que quer comer. Enquanto escolhe uma roupa, a confeitaria prepara.
Ou isso já existe: escolher a receita e receber a lista de compras com a quantidade de ingredientes para o número de pessoas da sua casa. Não é o máximo?
Sabe aquela história de “cheirinho de carro novo”? Pois é esse conceito de identificação que a loja Canal, especializada em vestuário, inaugurou em Bauru, no Boulevard Shopping.
Chamado de “Grand Senses”, quando entra na loja o cliente encontra um aroma específico:
“Que só vai encontrar igual em outra loja da rede, no mundo todo”.
É o máximo da tecnologia de aromatização de ambiente, comemora a proprietária da loja de Bauru, Cássia Bosqué Salmen. Um perfume realmente único.
Para saber, só indo até lá. É ou não é um novo apelo tecnológico?
Jean Carlos de Oliveira, superintendente, e Heber Pedão, gerente de Operações do Boulevard Shopping Nações - o mais novo da cidade -, ressaltam que o empreendimento já chegou com conceitos modernos e trouxe o que havia de melhor tanto em arquitetura quanto em tecnologia e tendências do varejo mundial.
O conceito de corredores mais largos e ambientes claros está presente e há também os chamados “lounges” para o descanso das famílias, criando ilhas de tranquilidade.
No item tecnologia, um exemplo é o estacionamento “Sem Parar”. Ele permite que o motorista pague com cartão, sem enfrentar a fila do caixa.
E mais: a concepção arquitetônica trouxe a chamada “pele de vidro”, que traz claridade, mas com controle de ultravioleta. Assim, os raios que são prejudiciais à pele das pessoas não passam, mas a iluminação fica totalmente preservada.
Tanto que a praça de alimentação passa a maior parte do dia com as luzes apagadas e está sempre bem iluminada.
Aliás, a preocupação ecológica e com a reciclagem é grande. Num setor específico e bem estruturado, há o descarte correto das caixas de papelão, sem custo para os lojistas, por meio de convênio com empresa de recicláveis.
Esse é um trabalho que não se vê abertamente, mas o público percebe o cuidado com os secadores de mão nos banheiros do shopping, com alta tecnologia e capazes de evitar o corte de milhares de árvores.
E, ainda, um fraldário para mãe nenhuma colocar defeito, que é tratado com carinho pela administração e funcionários.
Saiba mais: Tecnologia no varejo: a protagonista do seu negócio!
O uso da tecnologia na gestão é outra das tendências do varejo mundial. Não quer ficar para trás? Então, conheça o Nérus. Um ERP de varejo criado por quem trabalha com isso e é especialista no assunto, como você! É só clicar AQUI!
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